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thread de despedida.

é engraçado pensar que eu via o meu twitter como um lugar seguro para despejar minhas memórias, arquivar minhas fotos e deixar ali os meus sentimentos mais infames: sem muita coerência ou vergonha e cheios de volatilidade. 

e assim como as emoções se dissipavam, os registros agora também se transformaram em coisa nenhuma. deixaram marcas em quem conhecia e insistia em insistir, mesmo com a quantidade absurda de propagandas, inverdades e um dono megalomaníaco.

um espaço que me acompanhou durante a adolescência, o início da vida adulta e que pasme, também me fez ver o brasil como uma coisa grande e única, acho que tive ali minha primeira percepção de coletividade nacional. 

e ao mesmo tempo em que via como todas as experiências eram universais, também chegaram a mim perspectivas absolutamente únicas. 

o que um dia foi um lugar de reclamação rotineira e individual se tornou um espaço de acusações inflamadas, revolta generalizada, onde palavras sem vírgulas não eram o problema, mas sim o barulho excessivo dedicado a cada uma delas.

mas talvez isto seja mais um tipo de sintoma na nossa relação com as tecnologias do que propriamente uma característica da rede em si.

existiram muitos tempos dentro desse mesmo lugar. de praça a avenida, o twitter me alimentou de curiosidades, me fez passar raiva, mas também me trouxe muita risada nesse senso meio torto de comunidade.

parece infantil dedicar uma crônica a uma rede social criada por uma empresa americana, mas assim como o orkut, o twitter - que para mim nunca foi o X - marcou muitas épocas da minha vida, acompanhou relações pessoais e mudanças políticas.

seria impossível me despedir sem ultrapassar caracteres. 

mas é importante lembrar que quem fez esta rede foram as pessoas e o maravilhamento da minha experiência se deve sobretudo aos brasileiros. e estes, eu nunca vou deixar de acompanhar.

Foto: google / tech tudo / só deus sabe
Texto: Carol Chagas

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