Era tarde da noite e eu queria assistir algo novo, mas que também fosse familiar. Passando pela lista de filmes e séries, encontrei um pôster com Anna Kendrick. Que pra mim, é a Fernanda Torres americana.
As duas são donas de um senso de humor ácido bem equilibrado. Anna faz graça se autodepreciando, enquanto Fernanda arranca riso quando se faz de doida.
Pois bem, o pôster que despertou minha atenção atenção era da série Love Life. A premissa me prometia tudo aquilo que eu amava: uma comédia romântica que explorava os relacionamentos de Darby, personagem de Anna, durante uma década de sua vida.
Seria uma versão de How I Met Your Mother feminina (e menos politicamente incorreta)?, pensei. Apostei meus últimos minutos acordada e acabei perdendo meu sono. Love Life ganha complexidade com o passar dos episódios.
Ela parte do princípio de que existe uma probabilidade sobre a quantidade de relações que cada ser humano terá ao longo da vida e a história acaba ganhando cenários caóticos que, inevitavelmente, pedem escolhas.
Pra quem vê de longe, o formato lembra o da série Lovesick. Mas acho que o seriado é mais um aspirante a Modern Love.
Os relacionamentos explorados não são apenas os românticos, mas essencialmente os afetivos. Love Life brinca com os desencaixes que acabam se encaixando na nossa vida. Nem tudo que se espera ser é o que acaba sendo e isso colore as linhas humanas.
As relações de Darby são um espelho de sua maturidade emocional. E a cada episódio, é como se caminhássemos uma temporada. Um filme não daria conta. E uma série a longo prazo seria profunda demais. Mergulhamos em seus caminhos na altura certa.
Bem a tempo de perceber que cada afeto é único e transmuta conforme tempo, lugar e versão de nós mesmos.
Love Life nos ensina que o amor é lente pra gente se enxergar.
Fotos: Google Imagens
Texto: Carol Chagas
Texto: Carol Chagas
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