Abril, 2018. |
É como se muitas coisas estivessem passando pela minha cabeça agora. Minhas têmporas estão vermelhas de ansiedade. E as mãos suam frio. É como se todo o calor estivesse concentrado em apenas um lugar. Totalmente desequilibrado.
Longe de mim, tentar ajustar isso tudo. Longe de mim, tentar. A gente sempre busca o equilíbrio. Porque é o estável. E é aquilo que faz bem pra gente. Os equilibristas que me desculpem, mas eu amo o desequilíbrio. É ali. Bem no meio dele que a gente cresce. E conseguimos a chance de olharmos pra dentro de nós mesmos.
O caos só é ruim pra quem não consegue lidar com ele. Mas no fundo, somos todos pra lá de capazes. Às vezes leva tempo, mas mergulhar em cada pedaço nosso, olhar bem de perto e não nos assustarmos com o que vemos é uma espécie de encontro.
Porque é tudo nosso.
Somos tudo aquilo que queremos e deixamos de ser. É uma mistura. Não existe uma única cor. Uma linha do tempo que define o antigo do novo. De certa forma, é como se passado, futuro e presente fossem uma coisa só. É como se olhar pra sua rua atual te trouxesse pro primeiro momento em que você a encontrou. E para as infinitas vezes depois disso, que você passou por ela.
É como se a vida fosse uma série, e o teu momento fosse o famoso episódio de flashbacks das cenas mais impactantes. Você apenas entra em si mesmo e, como em inception, leva um tempo pra você sair totalmente.
Costumo pensar que nossas emoções são como obras valiosas de algum museu contemporâneo. De tempos em tempos, elas precisam ser revisitadas, passar por uma curadoria e reabrir para visitação externa.
É um processo natural que a gente tenta evitar, mas que no final, faz um bem danado.
Nosso corpo e nossa alma são um templo. E sempre que possível, devem ser cultivados mais de perto.
Regados com amor. E perdão.
Para que possamos: nascer, florescer e morrer.
E após o fim deste ciclo, começarmos tudo de novo.
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Foto e texto: Carol Chagas
Foto e texto: Carol Chagas
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