Publico algo na página do blog e vejo que 81 pessoas foram alcançadas. Desejo (silenciosamente) que você tenha sido uma delas. Posto uma foto qualquer no instagram e espero a sua curtida. Me pergunto se você pensa em mim com a mesma frequência com que eu me lembro de você.
Eu sei que eu parei de falar contigo, mas é como o próprio John Mayer diz: "Às vezes você pede para alguém nunca mais te ligar e quando o telefone toca, você espera que seja a pessoa te ligando".
O que eu posso fazer se ter contato contigo traz muitas coisas boas, mas também muitas ruins? Saber como está a sua vida dói e não saber de nada também não é prazeroso. Talvez eu esteja apegada ao sentimento da tua companhia e não a você.
Mas só esse "talvez" já me mata. Aos poucos. Principalmente quando vejo algo que me lembra das nossas conversas ou quando chega aquela hora da madrugada em que geralmente todo mundo sai ou dorme.
Eu sou completamente confusa emocionalmente e a tua presença só traz mais caos pra minha vida. É ruim quando o problema não são as pessoas, mas sim nós mesmos.
Estou aproveitando essa distância física e emocional pra ficar longe de todo tipo de sentimento. Faz tempo que o meu coração não tem descanso e acredito que ele mereça uma folga.
Enquanto os dias vão passando, eu vou esquecendo e mudando. Apagando cada vestígio de que você realmente esteve por "perto" quando eu estava tão longe. Tento fugir cada vez mais do passado e procuro entender mais quem eu sou agora.
Por mais que seja tão complicado quanto não morrer de primeira no flappy bird (eu era péssima nesse jogo), eu tô tentando. Só me faz um favor, se você está pensando em aparecer, não o faça. Eu estou melhorando agora, então só me dá mais tempo.
Eu sei que eu consigo ficar bem, mas vai demorar mais um pouquinho. Talvez daqui a alguns textos escritos, livros lidos e músicas encontradas, a gente possa se falar sem que eu quebre por dentro.
Só espero que esse dia esteja na esquina mais próxima, porque eu tô andando a minha vida (e gastando os meus créditos com o google maps) em busca dela.
- Escrito e vivido em setembro.
Texto: Carol Chagas
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