É engraçado como ás vezes tentamos nos definir com palavras, quando na verdade somos uma bagunça de sentimentos que nunca poderá ser descrita com perfeição. A gente tenta racionalizar as coisas, fazer listas e classificar tudo como se a nossa vida fosse exata. Mas não é bem assim que funciona.
Acredito que cada alma tenha seu próprio caminho a percorrer. Até podemos esbarrar em alguma rota alheia, mas em algum momento, precisamos nos deparar com o nosso próprio destino. A verdade nua e crua é que viemos sozinhos para este mundo e sairemos dele da mesma forma.
É claro que podemos dividir nossos momentos com a família, amigos e desconhecidos. Mas a questão é que a vida é como se fosse um carro, onde nós somos os motoristas (meio autoajuda, eu sei). O resto das pessoas que conhecemos são apenas caronas neste veículo.
No fim das contas, quem decide o nosso melhor somos nós mesmos. Podemos ouvir conselhos, opiniões e broncas. Mas o poder de escolha é só nosso. Se queremos perder tempo, não há nada que alguém possa fazer para mudar isso.
Não importa se é o “certo” a se fazer ou um dos maiores erros que poderíamos cometer. A questão é que temos o direito de errar e aprender com isso depois.
Muitas vezes tentamos nos colocar no lugar de outra pessoa e falsamente achamos que entendemos a perspectiva dela. Mas isso não é possível. Você não tem as mesmas experiências, nem os mesmos sonhos que ela. Se nem nós sabemos o que é certo para nós mesmos, como outra pessoa que mal nos conhece será capaz de saber?
A vida é uma sequência de incertezas. Porém mesmo que a gente tenha uma tonelada de dúvidas, precisamos fazer algo. Se aquilo será um acerto ou um engano, cabe a você descobrir mais tarde. O que não podemos é fugir para o seriado mais próximo a fim de evitarmos decisões.
Talvez a gente precise parar de se importar (nem que seja um pouquinho) em como as nossas escolhas irão fazer com que as outras pessoas se sintam. É saudável ser um tanto egoísta e aprender a dizer não para o que você sabe que não irá te levar a lugar algum. Você, meu caro leitor, e eu somos diferentes.
Podemos até gostar dos mesmos filmes ou do mesmo tipo de música, mas no fim do dia, eu estou apenas pegando uma carona no seu carro e vice-versa. Acho que se a gente começasse a entender o quanto somos insignificantes na vida uns dos outros, mandaríamos metade dos nossos problemas á merda.
Podemos até gostar dos mesmos filmes ou do mesmo tipo de música, mas no fim do dia, eu estou apenas pegando uma carona no seu carro e vice-versa. Acho que se a gente começasse a entender o quanto somos insignificantes na vida uns dos outros, mandaríamos metade dos nossos problemas á merda.
Eu ainda não tirei carta, então não sei fazer analogias com carros mais elaboradas do que esta acima. Mas de uma coisa tenho certeza: não se para um veículo por muito tempo em estradas. É perigoso e só atrasa a vida. A sua e a de quem mais estiver contigo. Se o seu destino está logo ali, por que parar no acostamento?
Se for uma escolha sua, sem problemas. Mas se esse atraso é obra do conselho ou opinião de alguém, cai fora. Foge desse beco com saída logo, antes que acabe a sua gasolina. Talvez seja difícil e doa mais do que eu ou outra pessoa possa entender.
Mas tenta aumentar a sua velocidade e o volume do seu som pra ver se ajuda. Só escolhe uma direção e vai. Sem olhar pra trás.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
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