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Não somos os mesmos de há um ano atrás

Todo final de ano tenho a mesma sensação sobre o futuro: de que ele vai ser diferente. E ao contrário do que muitas pessoas acham, para mim ele sempre acaba sendo. Por mais que a gente pense que tudo está da mesma maneira que há um ano atrás, uma parte nossa sabe que estamos errados. 

É difícil comprovar as mudanças com fatos, quando muitas delas são internas. Eu posso até fazer uma lista aqui de coisas que aprendi durante o ano (opa, já fiz!), mas não é a mesma coisa. 

Acho que a gente muda o tempo todo, mesmo que não queira. E quando queremos impedir as mudanças, elas acabam sendo mais dolorosas. Mas faz parte. A mudança é tipo a água mole que insiste em bater até furar a pedra dura da nossa cabeça. Não tem muito como discutir com ela ou evitá-la. Só acontece. 

Meu único pedido para 2016 é que eu não seja tão resistente a essas transformações da vida. E que em vez de fugir, eu resolva abraçá-las e aproveitar cada segundinho delas. 

2015 foi para mim um ano de amadurecimento. De entender que há mais para se ver, além da sombra projetada pelo computador. 

Não falo de lugares, já que sempre entendi o poder que as viagens carregam. Mas sim sobre as pessoas. Conseguir compreender o valor delas. Conhecer realidades diferentes ou até mesmo próximas da minha. Isso tudo nunca pareceu tão incrível pra mim, como é agora. 

Entendi que me isolar e escrever sobre o que eu já sei não vai trazer respostas para minhas perguntas. Mas conhecer cada vez mais pessoas fora do meu mundinho vai. Descobri que adoro um bom papo cabeça. E é engraçado como quando me dei conta disso, passei a atrair gente que também é assim. 

Sinto que estou chegando numa versão melhor de mim mesma. E esse é o meu maior desejo. Não só para 2016, mas para a vida toda: ser melhor. Não em relação aos outros, mas a mim. 

Que esse novo ano seja recheado de aprendizados para todos nós e que a gente consiga aproveitar as oportunidades de crescer com cada mudança que arrombe nossa porta. 

Mais coragem, menos drama e mais paciência. Quero sobreviver para contar o que aprendi no próximo ano. Só espero que minha cabeça não seja destruída pela água mole novamente. 

Um obrigada especial a cada alma responsável pelas mudanças que invadiram minha vida em 2015, todas elas fizeram com que eu descobrisse uma partezinha nova em mim.

Um ótimo 2016 pro cês <3

Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It

PS: Surgiu uma dúvida do tamanho de um elefante sobre esse título. Não sei se esse "há" está certo, então se alguém aí souber, me avise :)

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