Dias
desses, comprei um celular. Não trocava o meu há 3 anos, o que é bastante
tempo, se notarmos o quão rápido algo se torna ultrapassado. Enfim, acabei ficando
sem os meus contatos. Ainda posso recuperá-los no aparelho antigo, mas algo me
deixou intrigada.
Eu
sou o tipo de pessoa que não apaga mensagens. E o fato de eu encontrar 0 (zero) conversas no celular novo, me trouxe uma
sensação libertadora. Pode parecer bobo, mas me senti como se alguém tivesse
feito uma limpeza. Aspirado o pó, varrido o chão e passado pano em tudo.
E
foi aí que comecei a pensar sobre quem realmente deveria fazer parte da minha nova agenda. Muita gente adicionada nem falava comigo. Apenas mantinha o
número, para caso precisasse. O que claro, nunca acontecia.
De
que adianta ter 1000 amigos no Facebook, se você só fala com três? Então,
pensei em decidir quem fica e quem sai. Não só nas redes sociais, mas na vida
em geral. Por quem vale a pena lutar? Que tal separar quem é seu amigo de quem
é seu conhecido?
Apesar
de o Mark dizer o contrário, o contrato de amizade não é tão fácil como o envio
de uma solicitação que dura 1 segundo. Isso leva tempo. E ás vezes, mesmo que você
se dê o seu máximo, vocês se decepcionam um com o outro ou se distanciam.
Nada
é garantido nessa vida, seja seus amigos ou sua família. Tudo pode desaparecer
em questão de pouquíssimo tempo. Assim como o meu celular comprado em 2012, que
logo se tornou obsoleto em 2013 quando inventaram a câmera frontal.
Se
objetos são trocados a todo instante, por que isso seria diferente com pessoas?
Nós nem temos um contrato que comprove nossa garantia. Somos um conjunto de
riscos ambulante que pode fazer alguém perder tempo, dinheiro e até mesmo a
vida.
Já
viemos com defeito e não podemos ser trocados por outro que não seja
imperfeito. A gente pode se iludir achando que temos algum controle sobre algo.
Mas não temos. Não escolhemos quem aparece e quem vai embora. As coisas
simplesmente acontecem.
Talvez
seja por isso que eu guardo todas as mensagens, assim, posso separar o que
merece ser lembrado do que deve ser esquecido. Isso é claro, até meu celular
parar de funcionar e eu perder tudo :P O que pareceu o fim do mundo á princípio, logo se tornou a melhor coisa que poderia ter me acontecido.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Foto: We Heart It
ótimo texto. Infelizmente a vida não é como queremos, só nos resta mesmo é tentar ser feliz com o que temos e aproveitar ao máximo
ResponderExcluirhttp://meubaudeestrelas.blogspot.com.br/
Brigada :) E sim, viver no presente provavelmente é um dos nossos maiores desafios.
Excluir