Já sentiu como se tivesse feito todas as escolhas erradas? Não que fossem muitas, mas de poucas, a maioria não foi acertada. Dizem que a gente aprende com os nossos erros, ou na base da paulada, como diria minha vó. Mas tudo que eu vejo são erros, indecisões e tempo perdido.
Consigo tirar uma boa lição aqui, outra ali. Mas nada que me orgulhe de ter escolhido o caminho contrário ao da maré. Pelo contrário, estou cheia de arrependimentos. Prefiro agarrar o mundo e pendurá-lo nas costas do que ter que escolher o que sai e o que fica na mala.
É como se toda vez que eu dissesse "sim" para algo, o meu cérebro só registrasse a parte que eu digo "não" para outra coisa. O meu maior problema com escolhas é o abandono. Confesso que tenho um certo apego com situações e caminhos. Sempre acho que o que eu não trilhei era o melhor. Talvez seja pessimismo, não sei.
Ultimamente, tenho escutado vozes (Calma, ainda não sou esquizofrênica). Não aquelas que podem ser ouvidas, mas sim sentidas. Quando vou ver fazer algo, tenho a estranha sensação de que aquilo está certo ou errado.
Não no sentido moral da coisa, mas quase como se fosse a intuição sussurrando bem baixinho no meu ouvido. Como se me entendesse e me guiasse.
Esta sensação não me é estranha, mas também não me lembro de no passado, ocorrer com tanta frequência como agora. O significado disto, ainda não descobri. Por enquanto estou sendo guiada. Pela brisa, pela alma, por escolhas.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
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qual foi a última coisa que você comeu?