Oi, gente. No vídeo que eu fiz para responder as perguntas da TAG, deixei escapar que estava com um sério (nem tanto) bloqueio criativo. No último mês, aconteceram muitas e poucas coisas ao mesmo tempo. Parece papo de maluco, mas eu explico.
É tipo a chuva durante o mês, sabe? Passam-se meses sem uma única gota, mas de repente um temporal ocorre e vira tópico de notícia em todos os jornais. O que acontece é que esse temporal, na maioria das vezes, deixa feridos pelo caminho.
Digamos que tenha rolado uma tempestade, já aviso que não houveram feridos. Mas mesmo assim, a sensação incômoda chegou para ficar. Mesmo que ela já tenha passado, a seca trouxe a solidão. E com ela vieram pensamentos não muito legais, que felizmente parecem estar se afastando aos poucos. Acho que irá chover daqui alguns dias.
Talvez eu esteja me autossabotando (falarei sobre isso em algum post). Não sei se vocês sabem, mas sabe do que eu morro de medo? Da felicidade! Sim, parece imbecil dizer isso, mas é a mais pura verdade. Morro de medo do sucesso.
Nos últimos dias, tenho descoberto que a minha desorganização e mais outros defeitinhos são táticas do meu subconsciente para me autossabotar. O jeito é reprogramar ele. Descobri que o pai dos medos que eu listei acima, tem medo de perder. Por isso, a minha cabeça resolve não fazer esforço algum para ganhar algo.
Acontece que eu sou o tipo de pessoa que vive no futuro. Não sou impulsiva, porque penso nas consequências. Afasto as pessoas, porque penso que nenhuma delas será fixa na minha vida, porque tudo acaba. Simples assim.
Mas acho que só agora percebi que se eu viver no futuro para sempre, não construirei nenhum presente, não é mesmo? Estou tentando mudar, posso ter perdido algum tempo, mas acho que não existe essa coisa de tarde demais. Não para quem só pensa no futuro.
Quem sabe depois desse desabafo, eu consigo produzir mais alguns textos. Só queria escrever sobre o que eu estou sentindo, mesmo que ninguém leia. É como se um ombro amigo estivesse sendo oferecido a mim, mesmo que ele esteja do outro lado do mundo.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Sabe quando você lê uma crônica e pensa: "cara, essa pessoa me descreveu?". Bem, eu estou pensando isso agora, hehe.
ResponderExcluirAcho que ter medo da felicidade foi a pior coisa que já aconteceu comigo. Vivi assim por uma longa fase, eu sempre pensava muito antes de agir, tinha medo de "desabar" caso as coisas saíssem do meu controle, medo de algo dar errado... enfim. Isso me impediu de conseguir tanta coisa, me impediu de ir além, e eu só percebi isso depois de receber um bela bronca do meu melhor amigo.
Não vou dizer que agora não penso antes de agir; pelo contrário, eu perco um bom tempo pensando em fazer ou não fazer algo. Porém, ao invés de ficar criando expectativas para o futuro e ficar temendo os erros que podem acontecer ao longo do caminho, eu simplesmente faço. Aprendi a viver no presente e, melhor que isso, estou aprendendo a lidar melhor comigo e com o que está ao meu redor.
Enfim, espero que você consiga se livrar desse medo assim como eu me livrei dele. Não pense que vai ser de uma hora pra outra, pois o processo é meio demorado, mas o importante é o resultado :)
Amei sua crônica (como sempre)! Por favor, por favor, por favooor, nunca pare de escrever <3
Sei bem como é, muitos dos seus textos fazem isso comigo haha. Fico feliz em ouvir que não sou a única a sofrer desse "medo", e o sentimento é exatamente o que você disse, a gente não consegue ir além, construímos lindas muralhas ao redor de nós mesmos, nos limitamos. Vou continuar tentando enfrentá-lo, obrigada por ter lido e comentado ((:
ExcluirSó não pararei, se você me prometer o mesmo haha <3