O cara que gritava pra quem quisesse ouvir que não queria dinheiro, só queria amar, ganhou um filme. Este foi baseado no livro escrito por Nelson Motta, com o título de Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia. Não li o livro, mas posso lhes dizer que amei cada segundo do filme.
Acredito que pela primeira vez, uma cinebiografia fez jus a pessoa biografada. O filme não o endeusou e o transformou em um herói, muito pelo contrário, foi possível ver seus erros e acertos, cada parte possível e humana desse gênio da música.
Roberto Carlos e Erasmo Carlos |
A história não deixa o telespectador perdido por nenhum minuto. É possível ver sua história desde o começo, da infância até a criação do grupo "The Sputnicks". E é nessa parte que o público se surpreende (pelo menos eu me surpreendi), Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre outras estrelas faziam música juntos com Tião Maia em uma mesa qualquer dos bares do Rio de Janeiro.
Rita Lee e Nara Leão |
Durante todo o filme, é possível ver também Nara Leão, Rita Lee, interpretadas, é claro, por outras atrizes. Como já esperado, o personagem principal é bem barraqueiro, e causa durante todo a história, rendendo muitas cenas engraçadas e outras pra lá de impactantes.
Outro fato inédito em biografias nacionais: você não fica entediado. Mesmo sendo apenas uma história contada, sempre tem muita coisa acontecendo. Quem narra o filme é o ator Cauã Raymond, que interpreta a síntese de diversos amigos de Tim.
Falando em atores, a entrega foi completa. Por 140 minutos, você se esquece de papéis anteriores dos mesmos. Em se tratando dos personagens principais (já que Tim Maia foi vivido por dois atores), não se consegue diferenciar um do outro. E não digo somente pela aparência, mas pelo comportamento, é como se um fosse a extensão do outro e a transição entre fases se tornou completamente natural.
1ª e 2ª Fase do cantor. |
E o que dizer do figurino e cenário? Estavam completamente impecáveis, cada detalhe remetia a uma referência da época. Ao entrar na sala de cinemas, você será emergido dos anos 60 aos 80, quer queira ou não. A única coisa que senti falta foram mais músicas dele, somente as principais apareceram.
Um talento, um grande coração. Acredito que os dois existiam em excesso e uma pessoa só não poderia dar conta deles. Uma frase que marcou o filme foi dita por um amigo de Tim durante uma briga: O seu maior inimigo é você mesmo. E talvez ele estivesse certo.
Não irei revelar mais spoilers sobre a história haha. Espero que vocês tenham gostado da resenha e que assistam ao filme. Eu não estava muito ansiosa ao ir vê-lo, mas me surpreendi em todos os sentidos. Ponto positivo para o cinema nacional: estabeleceu um novo nível para as cinebiografias.
Sebastião Maia, o descobridor dos 7 mares.
Olá Carol, indico Sr. Ninguém, com Jared Leto, o filme é ótimo, com uma mensagem muito reflexiva
ResponderExcluirUau, eu adoro o Jared Leto. Fiquei curiosa, obrigada pela indicação (:
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