Eu quero alguém com quem eu possa
discutir as séries, filmes e livros que eu amo. Eu quero alguém que fique tão
inspirado quanto eu ao ver as ideias malucas na internet. Quero alguém que me
faça ver as graças e rir das desgraças da vida. Eu quero alguém com quem
eu possa viajar pelo mundo. Mesmo que não saiamos de casa.
Quero alguém pra conversar na
madrugada sobre as questões filosóficas que me afligem nesse horário. Quero
alguém pra contar meus medos e falar sobre como posso enfrentá-los. Quero
alguém pra cantar músicas deprês no sábado de manhã. Eu quero alguém com que eu
me sinta á vontade. Seja de moletom, shorts curto ou coque mal feito.
Quero encontrar alguém com quem
eu não tenha medo de ser criativa. Quero inventar jogos, escrever livros e
roteiros com alguém que entenda que inspiração não tem hora. Eu quero alguém
que saiba sobre o mundo. Que tenha experiências, que tenha vivido e saiba um
pouco de tudo e tudo de um pouco.
Quero alguém pra receber
conselhos e espantar os anseios. Não quero alguém pra chamar de meu. Quero
alguém que não seja propriedade minha, nem de ninguém. Quero uma alma. Velha ou
nova. De preferência, iluminada. Alguém que espante minha cara feia nas manhãs
de segundas. Alguém com quem a rotina fique divertida e não monótona.
Não quero alguém com quem eu me
encaixe. Não quero um quebra-cabeça. Quero alguém completo. Nada de metades no meio do caminho. Quero alguém
pra dividir o fone de ouvido. Alguém que entenda as crônicas nascidas na hora
de lavar a louça.
Quero alguém que não tenha medo de ser feliz. Alguém que se
arrisque, mesmo que quebre a cara. Este alguém pode não existir e eu posso, um
dia, parar de procurar. Mas enquanto eu não o acho, vou vivendo tudo o que eu puder viver.
Para um dia lhe contar. Na biblioteca, na praia ou até mesmo numa cafeteria perdida em uma cidade sem nome. Só aí eu saberei se o tempo não foi perdido e se a minha busca não foi em vão.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Para um dia lhe contar. Na biblioteca, na praia ou até mesmo numa cafeteria perdida em uma cidade sem nome. Só aí eu saberei se o tempo não foi perdido e se a minha busca não foi em vão.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
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