Talvez os 17 ou os 18tão sejam as melhores idades pra se ter. É diferente da pré-adolescência, de quando você ainda não tem sua própria personalidade e precisa ousar em roupas e acessórios que não tem muito a ver com você. Com 17, você sabe que não é emo, punk ou patricinha.
E começa a perceber (pelo menos a maioria percebe) que as grandes mudanças não estão na cor do seu cabelo, mas sim nas atitudes. Você não sabe quem é, mas não significa que não procure descobrir.
É a idade de sofrer influências e isso pode não ser algo ruim. É a idade de se encontrar. A sua maior confusão é não saber se você é um adolescente ou um adulto. E não é a quantidade de responsabilidades que irão te dizer isso.
Aos 17/18, você reencontra amigos e inimigos de infância, e os descobre como pessoas. A grande maioria melhora e você se surpreende em como as coisas mudaram. Você visita lugares que frequentava e leva um susto ao ver como eles parecem menores ou menos assustadores.
Este talvez seja o começo do fim. Onde você se vê soltando uma frase que o seu pai ou a sua mãe diria. Ou quando você percebe que seus pais não são tão mais assustadores ou maus quanto costumavam ser. E você se surpreende em fazer algo errado com culpa na consciência. Não sei qual é o método que eles (pais) utilizam, mas funciona.
É o momento que você teme que acabe ou que melhore até que você não possa mais aguentar. São novos caminhos e desta vez, não tem ninguém pra andar na nossa frente e dizer se é seguro. Nós temos que descobrir por nós mesmos.
O que não deixa de ser assustador. Mas se aprendermos a apreciar mais a beleza da incerteza, dominaremos o medo sobre a dúvida. E o caminho não parecerá tão obscuro e imobilizador quanto é o medo. Será melhor, mais complicado talvez. Mas com uma vista de tirar o fôlego no final disso tudo (Bom, pelo menos é o que me dizem).
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
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