Te conheci num curto, porém longo suspiro. Numa tarde ensolarada. No horário de verão. Entre estranhos silêncios, conversamos. Era como conversar com meu reflexo. Os mesmos sonhos, os mesmos interesses. Fácil como a brisa pela manhã.
Havia reservado uma nova página para você. Uma folha em branco, para escrevermos juntos. Mas aquela mesma brisa, que tornava tudo tão fácil, também trouxe de volta uma página antiga. Aquela que eu já tinha virado.
Cheia de rabiscos e de palavras gritadas pelo pensamento. Confusão tirou minha mente do ar. Fez ela se dividir em mil pedaços para decidir qual eles escolheriam: A página nova, que tinha grandes chances de dar certo, ou a página antiga que era fortalecida pela quantidade de histórias.
A divisão foi inútil. Meu coração se intrometeu, e eu não tive forças para escolher. Me deixei levar. Agora, eu entendo. Hora errada, pessoa certa. Eu recuei. Você não entendeu, e eu te entendo.
Não dá pra confiar em alguém que se deixa ser levada pela brisa. Mas pra que falar se você não quer ouvir? O horário de verão terminou, assim como a tarde ensolarada. Mas isso não muda as conversas, os sonhos. As estações continuam.
O inverno chegou, mas a minha certeza permanece incógnita. Quem serei na primavera? Se nós mudamos como as estações, para onde a brisa irá me levar agora? Para as desculpas, talvez. Por ter perdido um ex futuro amigo, por ter trazido a minha confusão para a sua vida. Como eu disse: “Hora errada, pessoa certa.”.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Adorei o texto! As vezes ficamos com essa sensação mesmo... que não era pra ser naquele momento. Quem sabe mais tarde, não é?
ResponderExcluirBeijos
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Brigada (: Quem sabe né?
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