Pontos finais são difíceis. Sou mais a garota das vírgulas. Ou até mesmo das reticências. Talvez seja porque eu não gosto de finais em geral. Porque eles são os mais intrigantes de se identificar.
Você sempre sabe quando é o começo e o meio. Mas os finais são difíceis de saber. Normalmente, eles se dissipam com o tempo, se esfriam e se distanciam, até que a grande quantidade de espaço não seja mais um problema. Até que você se acostume.
Você sempre sabe quando é o começo e o meio. Mas os finais são difíceis de saber. Normalmente, eles se dissipam com o tempo, se esfriam e se distanciam, até que a grande quantidade de espaço não seja mais um problema. Até que você se acostume.
É como se olhar no espelho e não reconhecer seu próprio reflexo. É como se, por mais que você se esforce, aquilo que fazia seu coração disparar, agora mal passa pela sua mente. Vela que queima e se transforma em sabe-se lá o quê. Um quase amor que não acontece. Uma amizade que vai pro espaço. Difícil não? Ou talvez eu só pense demais.
Até tento tirar algumas coisas da minha cabeça, mas as ideias simplesmente não conseguem me deixar. Não tenho muito como evitar. Minha benção e meu tormento. Meu presente e meu castigo.
Os finais também trazem arrependimento e saudade. Duas das coisas que me tiram de meu ser. Eu sinto saudade de como éramos, não de como somos. Saudade do sentimento, não de você.
Uma lágrima invisível escorre de mim, quando vejo seu rosto. É o arrependimento. Ter dado um novo parágrafo, para o que já tinha um ponto final. Permanecer na mesma página, quando claramente, nós já estávamos em livros diferentes.
Os finais também trazem arrependimento e saudade. Duas das coisas que me tiram de meu ser. Eu sinto saudade de como éramos, não de como somos. Saudade do sentimento, não de você.
Uma lágrima invisível escorre de mim, quando vejo seu rosto. É o arrependimento. Ter dado um novo parágrafo, para o que já tinha um ponto final. Permanecer na mesma página, quando claramente, nós já estávamos em livros diferentes.
Outro contexto. Outros personagens. O talvez é que mata. Teria sido melhor deixar as coisas como estavam? Ou arriscar uma vez na vida, e dar uma chance para a maré que já tinha passado? Escolhemos a segunda opção.
E com nossas dúvidas, desentendimentos e sentimentos contrários, tentamos. Pode não ter sido a escolha mais sábia, mas foi o que conseguimos.
E com nossas dúvidas, desentendimentos e sentimentos contrários, tentamos. Pode não ter sido a escolha mais sábia, mas foi o que conseguimos.
Não esperamos o "E se...", fizemos acontecer. E eu me orgulho disso, de ter tentado. Trouxe consequências, mudou destinos. Mas talvez, isso tudo já estava previsto. Quem sabe? Só sei que saí da minha bolha de auto proteção, me machuquei e descobri que estava viva. Afinal, se machucar não é legal, mas sempre traz coisas boas. E você, já colocou um ponto final?
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
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qual foi a última coisa que você comeu?