A tempestade nos ameaçava com sua vinda. Com suas nuvens negras e volumosas. Até então, o dia estava lindo. Com um céu azul e límpido. Estávamos cansados. E para ajudar, não conseguíamos um táxi. Na avenida, todos que passavam estavam ocupados. Então, nos dirigimos para o outro lado da rua. Deu certo.
O primeiro táxi que passou, parou. Entramos e os meus pés agradeceram. O ar estava ligado e o cheiro de banco de couro inundava o carro. Sempre adorei táxis. O maior motivo é que eu só os uso, quando estou viajando. E eu adoro viajar. E acho legal conhecer os taxistas.
Alguns eram quietos e quase não falavam. Outros falavam tudo sobre a cidade, desde pontos turísticos até dicas de que só quem mora sabe. Em Porto Alegre, não seria diferente. Segundo minha breve experiência como viajante, o motorista era inexperiente. Ele não dirigia mal, apenas não sabia os atalhos que taxistas costumam saber.
Ele estava quieto, mais para se concentrar, não porque era tímido. Tirei meu celular do bolso e olhei que horas eram. Seis horas da tarde. Vi também que a bateria estava fraca. E o segurei no colo. Chegamos no hotel. Entramos no elevador e foi aí que eu percebi.
O celular não estava no bolso. Desespero. Ok, perguntei como quem não quer nada para minha mãe, se por acaso eu havia deixado ele com ela. Como eu imaginava, ela notou o meu nervoso e disse que não. Meus pais e eu tivemos uma espécie de telepatia na hora, porque todos nós percebemos a burrada que eu tinha feito.
Aquele foi o minuto mais longo da minha vida. Onze andares. Chegando lá, olhei pela janela. É claro que o táxi já havia ido embora. Como qualquer pessoa normal, liguei para o meu celular. E agradeci aos céus, por ter tirado ele do modo vibrador. Rezei para o taxista ser uma boa pessoa e não roubá-lo.
Ou ainda que nenhum passageiro o tenha roubado. Ok, meu celular não era novo, mas era bonitinho. E TODAS as fotos da viagem estavam lá. Eu lembrava até quantas. 498. Ligamos por mais de uma hora e nada. Ou melhor, tudo. A pessoa atendia e quando via que era á cobrar, desligava. Até que ele parou de chamar. E eu parei de ligar.
Perdi o celular. Que merda. Resolvi tentar novamente e o taxista atendeu. Não sei como, mas ele estava disposto a devolver. Por R$ 50,00. Hehe, aceitei né. Era melhor que perder as fotos e ter que comprar um celular novo. E foi assim que eu consegui postar todas as matérias de viagem no blog. Por obra do destino.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Que sorte a sua! Nunca presenciei uma situação dessas, mas só em imaginar em perder meu celular meu coração se parte </3
ResponderExcluirSim kk. Eu fiquei desesperada haha, foi muita sorte ;)
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