Ás vezes parece que a vida da gente vira filme. Do tipo de filme que mesmo usando toda a nossa concentração e inteligência, fica difícil de acompanhar. Do tipo que tem trilha sonora, mas que está só na nossa cabeça. O protagonista somos nós. Afinal, somos egocêntricos. Porém, estamos sempre á procura de alguém com quem possamos dividir o núcleo.
Família e amigos são coadjuvantes, mas constantemente conquistam seu espaço no ato principal. São eles que, muitas vezes, provocam consequências em toda a história. Eles empurram os fatos e as coincidências bem á nossa frente. Apenas esperando como iremos reagir. O que nunca é igual, cada tomada é diferente.
Dá para cometer muitos erros, porém não da mesma forma. Dá para rir, brigar, se apaixonar milhões de vezes, mas nunca com a mesma precisão. Cada momento é único. É aí que a vida se diferencia do filme, não podemos repetir o que foi feito e esperar o mesmo resultado. Não podemos voltar no tempo, nem pausar nossa cena favorita.
Dá pra mudar de cenário, onde nos adaptamos a uma nova rotina. Ou também mudar internamente, onde o que se muda é nossa forma de pensar, sentir. Quando viajamos, é como se o mundo inteiro estivesse nas mãos do protagonista, como se ele fosse capaz de tudo. As viagens são capazes de mudar a alma, a percepção de vida e ajudam a entender essa bagunça organizada que reside em nossos corações.
Talvez o único erro dos filmes seja criar tanta expectativa pelo final (in)feliz. Ele cria uma cegueira provisória, onde a gente não percebe um momento verdadeiro, puro. Não seria melhor aproveitarmos as nossas histórias, do que esperarmos o fim delas? Afinal, não dá pra ser feliz de olhos fechados.
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas
Foto: We Heart It
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